Exponham-se todas as hipocrisias.
Afaguem-se as vaidades.
Contemplem-se os egos.
Mas, não fujam das guerras criadas pelo reinado do eu.
Hoje, o espelho do Narciso é a self.
Mas, não se alcança a paz com o ego nas mãos.
A história só faz sentido quando contada no plural,
história no singular é poder.
É livro sem contracapa,
diálogo sem interlocutor,
é Ocidente, sem Oriente,
é centro sem periferia,
é ego, sem alter ego,
é texto sem polifonia,
é monólogo.
Há quem diga que Tiradentes foi herói. Foi?
E Njinga? Foi o quê?
Quem conta as histórias das margens?
Quem ouve o grito dos malês,
a resistência dos corpos,
as vozes por vezes roucas,
que a história escolhe não perceber?
Como sanar o ato falho de uma História que se centra no ego do ocidente?
Egocêntrica, eurocêntrica, egoísta.
Sejamos a contravoz,
O contradiscurso,
O avesso, o dorso,
a contramão, a margem.
E quem contará as nossas histórias?
Quem exaltará os nossos egos?
Será preciso buscar no inconsciente a inconsistência de uma história que por séculos se quis única?
Vivemos em um mundo tão cheio de informações, mas ao mesmo tempo tão vazio de empatia... que nosso ego sirva para vermos como o outro também é importante. #adorei!
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