quinta-feira, setembro 15

Impeachment sem crime?

Impeachment sem crime? Não concordo. Os “crimes” estavam todos ali. Uma advogada, que enterra os princípios básicos do direito e “advoga” em nome de Deus e da parcialidade. Aliás, o mesmo Deus capitalista que sustenta nos poderes de um Estado, hipocritamente, laico Felicianos e Bolsonaros.  Um processo que só é aceito porque ela, Dilma, não aceitou sujar suas sempre limpas mãos. Porque ela não cedeu às chantagens, não negociou com bandidos. Um processo aberto em prol das mãos sujas da corrupção. Golpe cingido pela parcialidade: o relator nada mais é do que o boneco de ventríloquo do candidato derrotado nas eleições. Há que se entender que um menino mimado ao extremo, na infância, não se desfaça dos seus bonequinhos e brinquedinhos quando na vida adulta. O que não se pode compreender é como um país permite que se brinque de maneira tão leviana com as suas instituições. Aliás, quais delas hoje têm credibilidade? E o que dizer do procurador, que imerso em parcialidade, achava-se no direito de testemunhar, mesmo que para isso tivesse que cuspir nos princípios que alicerçam sua profissão?
Um Supremo Tribunal que poderia ter cassado/caçado o bandido antes que cometesse crimes ainda maiores, mas preferiu colocar-lhe a arma nas mãos. Uma câmara de deputados que reverencia ditadores e torturadores. Um senado que acomoda, confortavelmente, bandidos dos mais variados tipos: desde os fazendeiros escravagistas, passando pelos donos de veículos que transportam cocaína ( aliás, está acenou para as câmeras, em meio aos senadores, durante o processo do golpe) aos chefes de aeroportos ilegais, aos defensores do massacre dos professores no sul, até chegar aos  muitos  recebedores de propinas.
E o que dizer daqueles que saíram às ruas clamando por limpeza enquanto vestiam o nosso verde e amarelo mais sujo, sem ao menos entender a correlação?
Não há como elencar quantos os crimes existentes. Mas dá para ter a certeza absoluta de que o golpe travestido de impeachment apresenta para o mundo o Brasil da hipocrisia. E que dizer do interino? Passa de vice- decorativo a fantoche do golpe tramado nos bastidores fétidos do poder.

É uma pena que nada disso passou na televisão. Assim os alienados de verde e amarelo nem se darão conta que, de alguma forma, sua ignorância, bancou a corrupção. 

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