Impeachment sem crime? Não
concordo. Os “crimes” estavam todos ali. Uma advogada, que enterra os
princípios básicos do direito e “advoga” em nome de Deus e da parcialidade.
Aliás, o mesmo Deus capitalista que sustenta nos poderes de um Estado, hipocritamente,
laico Felicianos e Bolsonaros. Um
processo que só é aceito porque ela, Dilma, não aceitou sujar suas sempre limpas mãos.
Porque ela não cedeu às chantagens, não negociou com bandidos. Um processo
aberto em prol das mãos sujas da corrupção. Golpe cingido pela parcialidade: o
relator nada mais é do que o boneco de ventríloquo do candidato derrotado nas
eleições. Há que se entender que um menino mimado ao extremo, na infância, não
se desfaça dos seus bonequinhos e brinquedinhos quando na vida adulta. O que
não se pode compreender é como um país permite que se brinque de maneira tão
leviana com as suas instituições. Aliás, quais delas hoje têm credibilidade? E
o que dizer do procurador, que imerso em parcialidade, achava-se no direito de
testemunhar, mesmo que para isso tivesse que cuspir nos princípios que
alicerçam sua profissão?
Um Supremo Tribunal que poderia ter cassado/caçado
o bandido antes que cometesse crimes ainda maiores, mas preferiu colocar-lhe a
arma nas mãos. Uma câmara de deputados que reverencia ditadores e torturadores.
Um senado que acomoda, confortavelmente, bandidos dos mais variados tipos: desde
os fazendeiros escravagistas, passando pelos donos de veículos que transportam
cocaína ( aliás, está acenou para as câmeras, em meio aos senadores, durante o
processo do golpe) aos chefes de aeroportos ilegais, aos defensores do massacre
dos professores no sul, até chegar aos muitos recebedores de propinas.
E o que dizer daqueles que
saíram às ruas clamando por limpeza enquanto vestiam o nosso verde e amarelo
mais sujo, sem ao menos entender a correlação?
Não há como elencar quantos
os crimes existentes. Mas dá para ter a certeza absoluta de que o golpe
travestido de impeachment apresenta para o mundo o Brasil da hipocrisia. E que
dizer do interino? Passa de vice- decorativo a fantoche do golpe tramado nos
bastidores fétidos do poder.
É uma pena que nada disso
passou na televisão. Assim os alienados de verde e amarelo nem se darão conta
que, de alguma forma, sua ignorância, bancou a corrupção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário