sexta-feira, agosto 3

Pós-modernidade

Eu não sei mais até onde eu posso...
Não sei mais até que céu eu chego...

porque nunca acreditei que pra falar com Deus, só com hora marcada
porque nunca acreditei que pra ver anjos, só com ingressos já comprados

Eu não pago pra ver
Eu não paguei pra ver e vi

Hoje eu assisto, do alto da minha miséria, as faixas de Gaza que penduram por aí
Hoje o que eu vejo é a grama do vizinho cada vez mais cara
E a alma do próximo cada vez mais distante, sendo esquartejada em meio ao salmão com molho de maracujá

O que se tem hoje é leilão de gente
E vende mais
E vale mais
quem tem prazer pra oferecer
Prazer em cápsulas, prazer em gotas, prazer no liquidificador
E bebe-se o egoísmo a goles largos
embebeda-se o mundo
Depois pergunta-se: por que Mianmar?

Por que a gente diz sim a Gaza?
Por que dar duas vidas a Bush?
Pra que mergulhar de cabeça no Tsunâme?

Pra onde vai o ser humano?
quantos já venderam a alma ao dinheiro?
E quem vai pagar pelas almas que não querem se afogar?

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